Reflexão

Independente do que esteja acontecendo em suas vidas “Amiguxas”, não perca jamais a confiança em Deus. Creio que quase todas sabem a minha história de vida, mas quero ressaltar que num descontrole da minha vida e por não ter amor-próprio a mim mesma e por não cultivar a minha relação com Deus, eu tentei um suicídio e quase morri literalmente, mas se não fosse o amor de Deus por mim não teria sobrevivido, a única seqüela que tive foi o aumento de peso no qual hoje compreendo que é insignificante perto de tudo que passei e cometi. Agora vocês compreendem o porque “Ady Vida Nova” né!? Abaixo segue um texto retirado de um livro que amo de paixão e que me ajudou muito na minha reestruturação e me auxilia até hoje... “Tecendo o fio de ouro – Maria Emmi Orqueando Nogueira / Silvia Maria Lima Lemos”, dedico este texto para todas vocês, mas especialmente a “Simone”, “Andrea” e “Juliana”.

O Sofrimento

Somos regularmente confrontados nas dificuldades da vida com a questão do sofrimento e de como vive-lo. Podemos tentar escapar custe o que custar, e nos perder nos prazeres do mundo. (...) Mas há uma outra via, que é a da oferta. A oferta não é resignação, não é uma atitude de passividade em que aceitamos o sofrimento por não podermos fazer de outra forma. A oferta requer a nossa adesão e o exercício da nossa liberdade, quando decidimos colocar nossa confiança em Deus e tudo Dele esperar. Ao decidir voluntariamente se despojar de uma coisa, renuncia a outra, entregar tal situação, afirmamos a supremacia espiritual sobre a temporal, manifestamos nossa convicção de que tudo é Dele, por Ele e para Ele, e que Ele pode transformar tudo em graça, tudo transfigurar pela sua presença e amor. Quando fazemos este ato de fé, somos imediatamente introduzidos em sua presença. Se não fosse assim, seríamos suspeitos. O cristão não é um masoquista atraído pelo que é mórbido. É um vivente!
Se nossos sacrifícios não nos conduzem à alegria, devemos nos questionar. Há com efeito, uma atitude nociva em relação ao sofrimento, que devemos denunciar, que é a atitude de sermos “vitímas”. Não! O sacrifício deve ser alegria, deve ser “eucarístico”, ou seja, “ação de graça”, pois é sinal da nossa confiança incondicional no Pai, da nossa certeza do seu amor pelo homem e por cada um de nós pessoalmente, da nossa fé em toda sua força. Se aquele que criou o céu e a terra é impotente em minha vida, então este deus não me interessa. Ele não é o verdadeiro Deus, o Deus de Abraão, de Isaac, de Jacó, aquele que chama cada um de nós pelo nome, pois ele nos conhece e nos ama!
O sacrifício é apenas uma etapa para nos conduzir ao amor. Acontece de o Senhor nos pedir o sacrifício de alguma coisa ou de alguém, não para nos tira-lo, mas para provar a nossa confiança e nos passar da dependência à liberdade. Ele não quer obrigatoriamente que renunciemos à pessoa ou à coisa, mas à sua posse. Quando Deus pede a Abraão: “Toma teu filho, teu único, aquele que tu amas, Isaac, e vai ao páis de Moriá e lá tu oferecerás em holocausto sobre uma montanha que eu te indicar” (Gn 22,2), Abraão está convencido de que deve matar o seu filho. No entanto, este filho é o seu “único”, o filho da promessa. Deus lhe disse que sua descendência seria tão numerosa quanto as estrelas do céu. E eis que Ele parece se contradizer ao lhe pedir que sacrificasse aquele que Ele mesmo deu. Mas Abraão não discute; não pode entender, mas obedece, pois confia.
No momento crucial da pergunta do filho: “Onde está o cordeiro para o holocausto?”Ele responde com segurança: “É Deus quem proverá o cordeiro para o holocausto, meu filho” (Gn 22,7-8) Deus o fez ir até o fim do sacrifício para lhe provar e conhecer o fundo do seu coração, para saber até onde iria a sua confiança. Mas no último momento, segurou o braço de Abraão: “Não estendas a mão contra o teu filho! Não lhe faças mal algum! Agora sei que temes a Deus: não lhe recusaste teu filho, teu único” (Gn 22,12). Desse momento em diante, Deus sabia que podia se apoiar totalmente em Abraão, já que este se apoiava totalmente Nele. (...)

Aquele imenso abraço, com transmissão de paz e que vcs não estão sozinhas!!!